Dia desses meu pequeno Enzo me perguntou de sopetão:
- Mãe, qual o cheiro que você mais gosta?
Respondi sem pestanejar:
- De café com pão de queijo!
Ele achou estranho:
-Café com pão de queijo? Achei que fosse cheiro de flor...
Não que eu não goste de flores ou de um maravilhoso perfume francês - pois até tenho o meu favorito - ou até do aroma refrescante de grama molhada e do cheiro delirante de sapato novo. Simplesmente amo respirar café torrado na hora e aquele quentinho do pão de queijo saindo no forno.
Acho que a minha memória afetiva é bem voltada para esses dois aromas. Começa pelo fato de ser mineira e já nascer com gosto pra coisa. Temos o melhor pão de queijo e café do mundo em nossa terrinha e não tem quem não goste. Em toda cidade que se vai no nosso estado, se sente, a qualquer hora do dia, o cheiro inebriante dessa iguarias.E olha que eu já rodei esse interior...
E mesmo em nossa capital, perto do mercado central - um dos meus lugares favoritos - percebemos esse cheiro inundando nossas narinas, caminhando com as pessoas, andando de ônibus em pequenos pacotes e alegrando conversas quando chega em casa.
Atravessando limites, em outros estados, o café e o pão de queijo me remontavam a essas paragens. Durante o tempo em que morei em São Paulo, esses aromas específicos me traziam aconchego e calma. É como olhar para as montanhas: sempre lembro das minhas Minas Gerais...
Engraçado é que li ontem lindo texto da diva Danuza Leão ( http://oglobo.globo.com/pais/noblat/mariahelena/posts/2010/05/08/uma-cronica-de-danuza-leao-289954.asp ) exatamente sobre os cheiros que nos comovem: do bolo saindo do forno durante a infância na casa da avó, da chuva molhando a terra nas férias na fazenda, cheiros do nosso bebê enquanto toma banho, do homem que amamos depois do sexo...Cada um em sua essência e significado, nos conectando a sentimentos e vidas.
Tenho essas lembranças bem nítidas dentro de mim. Esses perfumes conseguem nos tranportar 30 anos ou alguns dias no tempo. Lembro da casa da minha avó, onde lanchávamos sempre leite quente com toddy e pão com manteiga; as dobrinhas dos meus filhos banhadas em hipoglós e "mamãe e bebê"; a grama molhada da fazenda do meu tio onde passei dias de pura paz; o Issey Miyake no corpo do meu homem antes, durante e depois do amor...arrepio só de pensar!
Mas o que me faz acordar todo dia de manhã é aquele cheirinho inconfundível de café sendo coado por volta das 6 horas . Ele me dá energia depois de uma bela noite, me conforta no meio da tarde e me inspira e relaxa enquanto admiro nossas montanhas ou escrevo essas tortuosas linhas. Às vezes até me acende quando passo noites em claro estudando.Se vier acompanhado de uma fornada de pão de queijo então...
Bão demais da conta!
- Mãe, qual o cheiro que você mais gosta?
Respondi sem pestanejar:
- De café com pão de queijo!
Ele achou estranho:
-Café com pão de queijo? Achei que fosse cheiro de flor...
Não que eu não goste de flores ou de um maravilhoso perfume francês - pois até tenho o meu favorito - ou até do aroma refrescante de grama molhada e do cheiro delirante de sapato novo. Simplesmente amo respirar café torrado na hora e aquele quentinho do pão de queijo saindo no forno.
Acho que a minha memória afetiva é bem voltada para esses dois aromas. Começa pelo fato de ser mineira e já nascer com gosto pra coisa. Temos o melhor pão de queijo e café do mundo em nossa terrinha e não tem quem não goste. Em toda cidade que se vai no nosso estado, se sente, a qualquer hora do dia, o cheiro inebriante dessa iguarias.E olha que eu já rodei esse interior...
E mesmo em nossa capital, perto do mercado central - um dos meus lugares favoritos - percebemos esse cheiro inundando nossas narinas, caminhando com as pessoas, andando de ônibus em pequenos pacotes e alegrando conversas quando chega em casa.
Atravessando limites, em outros estados, o café e o pão de queijo me remontavam a essas paragens. Durante o tempo em que morei em São Paulo, esses aromas específicos me traziam aconchego e calma. É como olhar para as montanhas: sempre lembro das minhas Minas Gerais...
Engraçado é que li ontem lindo texto da diva Danuza Leão ( http://oglobo.globo.com/pais/noblat/mariahelena/posts/2010/05/08/uma-cronica-de-danuza-leao-289954.asp ) exatamente sobre os cheiros que nos comovem: do bolo saindo do forno durante a infância na casa da avó, da chuva molhando a terra nas férias na fazenda, cheiros do nosso bebê enquanto toma banho, do homem que amamos depois do sexo...Cada um em sua essência e significado, nos conectando a sentimentos e vidas.
Tenho essas lembranças bem nítidas dentro de mim. Esses perfumes conseguem nos tranportar 30 anos ou alguns dias no tempo. Lembro da casa da minha avó, onde lanchávamos sempre leite quente com toddy e pão com manteiga; as dobrinhas dos meus filhos banhadas em hipoglós e "mamãe e bebê"; a grama molhada da fazenda do meu tio onde passei dias de pura paz; o Issey Miyake no corpo do meu homem antes, durante e depois do amor...arrepio só de pensar!
Mas o que me faz acordar todo dia de manhã é aquele cheirinho inconfundível de café sendo coado por volta das 6 horas . Ele me dá energia depois de uma bela noite, me conforta no meio da tarde e me inspira e relaxa enquanto admiro nossas montanhas ou escrevo essas tortuosas linhas. Às vezes até me acende quando passo noites em claro estudando.Se vier acompanhado de uma fornada de pão de queijo então...
Bão demais da conta!
Adorei seu texto. Também acho que o olfato tem ligação direta com a memória. Nunca me esqueci do cheiro de doce de laranja fervendo no tacho de cobre, na casa de minha bisavó. Esse é o meu cheiro de infância. Estou adorando ler o seu blog.
ResponderExcluirParabéns.
Que delícia de comentário...E que bom que tem gostado! Os textos aqui postados fazem parte da minha vida ,correm no meu dia a dia e se misturam nessas linhas cheios de carinho para vocês...Bjs!
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