Acho que a tecnologia tem nos ajudado muito hoje em dia, em vários sentidos. Celular, computador, Gps são ferramentas que, se bem usadas, quebram um galho! O problema é quando são super valorizadas. Até parece que nasceram conosco. O que antes não existia, hoje é absolutamente indispensável. Se esquecemos o celular em casa, o computador estraga, parece que falta um pedaço da gente. O pior é que o celular sempre toca quando não estamos perto, a notíca que a gente esperava chega quando o computador não funciona, enfim...
Mas o tal Gps me intriga.Ele parece que tem vida própra e cisma em teimar quando temos certeza do caminho. Ele é o dono da razão! E pagamos um preço alto pela prepotência do Gps. Na sexta feira, fui ao aniversário da minha prima, no Observatório. Para quem não sabe, ele fica na Rua Milton Campos, perto do Alta Vila, em Nova Lima. Até aí, tudo bem. Meu primo colocou o endereço e ele começou a indicar o caminho:
- Vire a esquerda. Depois de 200 metros vire a direita. Siga em frente...E assim foi indo. Percebi que estávamo indo para o lado oposto ao desejado, mas imaginei que seria um caminho alternativo, uma entrada triunfal pelo anel rodoviário...Eu é que não vou discutir com um Gps! E fomos indo, fomos indo...Percebi que já não sabia onde estava. Vi a placa do bairro João Pinheiro...Lembrei do bar do caixote. Na pior das hipóteses, poderíamos tomar uma gelada lá...
- Acho que tem alguma coisa errada!
- Estamos no caminho indicado...
De repente, entramos em ruas ermas, sem luz. Começei a ficar com medo.Não tinha uma viva alma nas redondezas. Fiquei com medo de me tornar uma alma morta... E o Gps triunfante:
- Você chegou ao seu destino, ele encontra-se a esquerda.
E lá estava, em toda a sua plenitude: o mais famoso lote vago, em plena Rua Milton Campos, 230.No mesmo endereço do Observatório...só que em Belo Horizonte!
- PQP, o Obsertvatório é em Nova Lima!!!
E lá fomos nós, pegar o caminho de volta até o centro e voltar a civilização.Sorte que não era caso de vida ou morte! 1 hora depois chegamos no aniversário. Ainda erramos a entrada das Seis Pistas e nos divertimos com os nomes dos motéis. Quase chegamos no Rio, mas achamos o retorno e voltamos. Queríamos ser os primeiros mas quase fomos os últimos. E o pior é que outras pessoas quase cometeram o mesmo erro, ao consultar no Google - outra ferramenta maluca - o endereço do tal lugar.Estamos nos rendendo às máquinas? Ainda prefiro o meu bom senso...
segunda-feira, 16 de agosto de 2010
sexta-feira, 6 de agosto de 2010
TÁ NAMORANDO!!!
Victor está entrando na aborrecência. Briga à toa, chora idem. Testosterona a pino e sobra sempre para o pequeno. Parece que os dois estão dando choque. Na última, intervi:
- O próximo que brigar vai ficar de castigo, cansei!
- Mas foi ele que começou...
- Não me interessa quem começou, acaba aqui!
E Victor vai para o banho choroso. Fecha a cara e se fecha junto. Enzo já ta dando cambalhota no segundo seguinte, parece que nada o afeta. Vou arrumando as coisas para dormir e antes de colocá-los na cama paro para conversar. Enzo já até esqueceu da namorada do primeiro semestre:
- Viu a Maria Paulo hoje, Enzo?
- Quem?
- Sua namorada, Enzo!
- Ah, é...acho que ela foi ao médico hoje...não foi na aula não!
Victor chega no quarto ainda com o rosto vermelho. Pergunto o porque da cara ruim e ele nada. Faço cócegas, pulo em cima, faço uma festa. Nada.
- Já sei! Brigou com a namorada!
E Enzo: - Tá namorando!!!!
- Não tenho namorada...mas se tivesse até que seria legal...
Até que seria legal...Engoli em seco, dei o beijo de boa noite e fui tomar o meu banho. Chorei. Por nada e por tudo. Meu filho cresceu! Tá pronto (?) para começar a amar. Lógico que já deve ter uma menina em vista, pois já sente falta de alguém. E ela, quem será? Como será? Me dá um aperto no coração imaginar meu filho sofrendo por alguém...Mas fazer o quê?
No outro dia pergunto se ele está melhor.
- Tô mãe, não gosto de brigar com você...
- Nem eu filho...mas é normal, na sua idade, brigar com mãe. Talvez até piore...
- Credo, mãe!
- Mas é filho.Faz parte do seu crescimento. E do meu também.Te prepara até para os futuros namoros...
- Rs...Te amo viu, mãe?
- Também, filho...também.
- O próximo que brigar vai ficar de castigo, cansei!
- Mas foi ele que começou...
- Não me interessa quem começou, acaba aqui!
E Victor vai para o banho choroso. Fecha a cara e se fecha junto. Enzo já ta dando cambalhota no segundo seguinte, parece que nada o afeta. Vou arrumando as coisas para dormir e antes de colocá-los na cama paro para conversar. Enzo já até esqueceu da namorada do primeiro semestre:
- Viu a Maria Paulo hoje, Enzo?
- Quem?
- Sua namorada, Enzo!
- Ah, é...acho que ela foi ao médico hoje...não foi na aula não!
Victor chega no quarto ainda com o rosto vermelho. Pergunto o porque da cara ruim e ele nada. Faço cócegas, pulo em cima, faço uma festa. Nada.
- Já sei! Brigou com a namorada!
E Enzo: - Tá namorando!!!!
- Não tenho namorada...mas se tivesse até que seria legal...
Até que seria legal...Engoli em seco, dei o beijo de boa noite e fui tomar o meu banho. Chorei. Por nada e por tudo. Meu filho cresceu! Tá pronto (?) para começar a amar. Lógico que já deve ter uma menina em vista, pois já sente falta de alguém. E ela, quem será? Como será? Me dá um aperto no coração imaginar meu filho sofrendo por alguém...Mas fazer o quê?
No outro dia pergunto se ele está melhor.
- Tô mãe, não gosto de brigar com você...
- Nem eu filho...mas é normal, na sua idade, brigar com mãe. Talvez até piore...
- Credo, mãe!
- Mas é filho.Faz parte do seu crescimento. E do meu também.Te prepara até para os futuros namoros...
- Rs...Te amo viu, mãe?
- Também, filho...também.
terça-feira, 3 de agosto de 2010
I LOVE LIFE
Sexta feira, friozinho bom, correria geral - pra variar - e chego na Praça do Papa. Ganhei convites para assistir o I LOVE JAZZ no lounge da Guarani FM e me senti mega especial ( Parabéns a organização do evento.Das recepcionistas aos garçons, do vinho ao red bull, tudo foi perfeito!). Mas fui chegando e já tive que dar uma volta na praça pois estava do lado errado. Chorei com o segurança:
- Deixa eu entrar aqui, moço!
- Infelizmente, é só do outro lado. Suba as escadas e retorne.
- Moço, mas eu tô de salto...
- Infelizmente, não posso deixar.
- Mas moço...
Pensei em apelar dizendo que estava com o meu lindo e maravilhoso shutz, mas acho que ele ia continuar sem dar a mínima...Enfim.Ele brincou e eu cedi. Tomei vergonha e fui subindo as escadas. Quando cheguei do outro lado, entreguei os convites para a recepcionista e escutei de uma mulher:
- Onde é a entrada para gente normal?
Pensei: eu não sou normal? Não, obviamente, mas o que aquilo queria dizer? Tudo bem que existia uma separação entre os que foram convidados e os que não,mas o show era o mesmo e a lua idem. E daí? Mas entendi logo que entrei. Uma senhora, dos seus 50 anos, estava completamente empolgada. Dançava o jazz como se estivesse em uma casa no Mississipi, requebrando como uma negra americana. Lógico que ela estava roubando o show da banda francesa e todas as atenções. Não sei se foi o vinho, ou a coragem, mas lá estava ela, soberba no seu ridículo.
Fiquei imaginando se eu teria coragem. Estava sentada, contida só com os meus pezinhos dançantes, esperando meu bonito.Condenava, de certa forma, aquele arroubo de felicidade - ou de embriaguez - e me vi como uma careta.Sozinha, olhava para os lados percebendo todos os movimentos em direção a dançarina. E os comentários.Me lembrei de uma frase que cabia exatamente naquela situação: Só é feliz de verdade quem não tem medo do ridículo!
Mas quantas vezes deixamos de viver alguma situação pensando no que os outros vão pensar? Relacionamentos, trabalhos, sonhos...Deixamos de lado pensando: não vai dar certo, vou me expor demais, não sou capaz...E a vida passa, a frustração chega e nos tornamos pessoas amargas que esqueceram de viver. Afinal, "o que levamos dessa vida é a vida que se leva." Luiz Fernando Verissimo já dizia: não importa se você não sabe dançar, levante e dançe! Ninguém vai se importar.
Continuei sozinha, observando aquela alegria. Não me arrisquei na dança, mas cada vez mais vivo de acordo com as minhas verdades. Sou feliz, de várias maneiras. Entendo melhor a vida. E não perco mais tempo com bobagens. Já dançei muito sozinha por aí. Me arrisquei, me expus, me entreguei. Só me arrependo do que não fiz.E todo dia batalho pela minha felicidade.Ninguém tem o direito de me fazer infeliz.Só se eu permitir...
Portanto, levante e viva! Dançe, cante, extravase! A VIDA É CURTA DEMAIS...Beije, ame, fale tudo o que quiser falar. Abraçe forte, se apaixone de novo, arrisque um novo sonho. Plante uma árvore, escreva um livro , tenha um filho. Ou não! Só ou bem acompanhado, seja ridículo. Faça, as vezes, só aquilo que lhe faz bem, por mais bobo que seja. Seja o dono de sua vida.Veja as estrelas, se inspire com a lua, aprecie o nascer do sol.Dançe a vida! E os incomodados que se danem...
- Deixa eu entrar aqui, moço!
- Infelizmente, é só do outro lado. Suba as escadas e retorne.
- Moço, mas eu tô de salto...
- Infelizmente, não posso deixar.
- Mas moço...
Pensei em apelar dizendo que estava com o meu lindo e maravilhoso shutz, mas acho que ele ia continuar sem dar a mínima...Enfim.Ele brincou e eu cedi. Tomei vergonha e fui subindo as escadas. Quando cheguei do outro lado, entreguei os convites para a recepcionista e escutei de uma mulher:
- Onde é a entrada para gente normal?
Pensei: eu não sou normal? Não, obviamente, mas o que aquilo queria dizer? Tudo bem que existia uma separação entre os que foram convidados e os que não,mas o show era o mesmo e a lua idem. E daí? Mas entendi logo que entrei. Uma senhora, dos seus 50 anos, estava completamente empolgada. Dançava o jazz como se estivesse em uma casa no Mississipi, requebrando como uma negra americana. Lógico que ela estava roubando o show da banda francesa e todas as atenções. Não sei se foi o vinho, ou a coragem, mas lá estava ela, soberba no seu ridículo.
Fiquei imaginando se eu teria coragem. Estava sentada, contida só com os meus pezinhos dançantes, esperando meu bonito.Condenava, de certa forma, aquele arroubo de felicidade - ou de embriaguez - e me vi como uma careta.Sozinha, olhava para os lados percebendo todos os movimentos em direção a dançarina. E os comentários.Me lembrei de uma frase que cabia exatamente naquela situação: Só é feliz de verdade quem não tem medo do ridículo!
Mas quantas vezes deixamos de viver alguma situação pensando no que os outros vão pensar? Relacionamentos, trabalhos, sonhos...Deixamos de lado pensando: não vai dar certo, vou me expor demais, não sou capaz...E a vida passa, a frustração chega e nos tornamos pessoas amargas que esqueceram de viver. Afinal, "o que levamos dessa vida é a vida que se leva." Luiz Fernando Verissimo já dizia: não importa se você não sabe dançar, levante e dançe! Ninguém vai se importar.
Continuei sozinha, observando aquela alegria. Não me arrisquei na dança, mas cada vez mais vivo de acordo com as minhas verdades. Sou feliz, de várias maneiras. Entendo melhor a vida. E não perco mais tempo com bobagens. Já dançei muito sozinha por aí. Me arrisquei, me expus, me entreguei. Só me arrependo do que não fiz.E todo dia batalho pela minha felicidade.Ninguém tem o direito de me fazer infeliz.Só se eu permitir...
Portanto, levante e viva! Dançe, cante, extravase! A VIDA É CURTA DEMAIS...Beije, ame, fale tudo o que quiser falar. Abraçe forte, se apaixone de novo, arrisque um novo sonho. Plante uma árvore, escreva um livro , tenha um filho. Ou não! Só ou bem acompanhado, seja ridículo. Faça, as vezes, só aquilo que lhe faz bem, por mais bobo que seja. Seja o dono de sua vida.Veja as estrelas, se inspire com a lua, aprecie o nascer do sol.Dançe a vida! E os incomodados que se danem...
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