terça-feira, 3 de agosto de 2010

I LOVE LIFE

  Sexta feira, friozinho bom, correria geral - pra variar -  e chego na Praça do Papa. Ganhei convites para assistir o I LOVE JAZZ  no lounge da Guarani FM e me senti mega especial ( Parabéns a organização do evento.Das recepcionistas aos garçons, do vinho ao red bull, tudo foi perfeito!). Mas fui chegando e já tive que dar uma volta na praça pois estava do lado errado. Chorei com o segurança:
 - Deixa eu entrar aqui, moço!
 - Infelizmente, é só do outro lado. Suba as escadas e retorne.
 - Moço, mas eu tô de salto...
 - Infelizmente, não posso deixar.
 - Mas moço...
 Pensei em apelar dizendo que estava com o meu lindo e maravilhoso shutz, mas acho que ele ia continuar sem dar a mínima...Enfim.Ele brincou e eu cedi. Tomei vergonha e fui subindo as escadas. Quando cheguei do outro lado, entreguei os convites para a recepcionista e escutei de uma mulher:
 - Onde é a entrada para gente normal?
Pensei: eu não sou normal? Não, obviamente, mas o que aquilo queria dizer? Tudo bem que existia uma separação entre os que foram convidados e os que não,mas o show era o mesmo e a lua idem. E daí? Mas entendi logo que entrei. Uma senhora, dos seus 50 anos, estava completamente empolgada. Dançava o jazz como se estivesse em uma casa no Mississipi, requebrando como uma negra americana. Lógico que ela estava roubando o show da banda francesa e todas as atenções. Não sei se foi o vinho, ou a coragem, mas lá estava ela, soberba no seu ridículo.

 Fiquei imaginando se eu teria coragem. Estava sentada, contida só com os meus pezinhos dançantes, esperando meu bonito.Condenava, de certa forma, aquele arroubo de felicidade - ou de embriaguez - e me vi como uma careta.Sozinha, olhava para os lados percebendo todos os movimentos em direção a dançarina. E os comentários.Me lembrei de uma frase que cabia exatamente naquela situação: Só é feliz de verdade quem não tem medo do ridículo!
  Mas quantas vezes deixamos de viver alguma situação pensando no que os outros vão pensar? Relacionamentos, trabalhos, sonhos...Deixamos de lado pensando: não vai dar certo, vou me expor demais, não sou capaz...E a vida passa, a frustração chega e nos tornamos pessoas amargas que esqueceram de viver. Afinal, "o que levamos dessa vida é a vida que se leva." Luiz Fernando Verissimo já dizia: não importa se você não sabe dançar, levante e dançe! Ninguém vai se importar.

  Continuei sozinha, observando aquela alegria. Não me arrisquei na dança, mas cada vez mais vivo de acordo com as minhas verdades. Sou feliz, de várias maneiras. Entendo melhor a vida. E não perco mais tempo com bobagens. Já dançei muito sozinha por aí. Me arrisquei, me expus, me entreguei. Só me arrependo do que não fiz.E todo dia batalho pela minha felicidade.Ninguém tem o direito de me fazer infeliz.Só se eu permitir...
   Portanto, levante e viva! Dançe, cante, extravase! A VIDA É CURTA DEMAIS...Beije, ame, fale tudo o que quiser falar. Abraçe forte, se apaixone de novo, arrisque um novo sonho. Plante uma árvore, escreva um livro , tenha um filho. Ou não! Só ou bem acompanhado, seja ridículo. Faça, as vezes, só aquilo que lhe faz bem, por mais bobo que seja. Seja o dono de sua vida.Veja as estrelas, se inspire com a lua, aprecie o nascer do sol.Dançe a vida! E os incomodados que se danem...

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