quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

MAS É CARNAVAL....

Não me lembro quando parei de gostar de carnaval.Acho que foi entre a fantasia de melindrosa na praia São Francisco e o ócio gostoso das madrugadas de BH vendo os desfiles pela tv. Até o ano passado,quando consegui conciliar marchinhas e desfiles com muita rede e descanso. E a fórmula deu tão certo que resolvi repetí-la esse ano.Mas em boa companhia!Eu e meu bonito fomos para uma fazenda totalmente bucólica, mas apenas há alguns quilômetros da folia.Passamos o dia entre piscinas e cervejas e a noite nos bailes de rua. E que rua!

Festa do interior tem sempre as suas peculiariedades. Começando com a banda, que invariavelmente tem o nome bizarro, tipo Zaga ou Explosão, ou ...sei lá mais o que. A cantora normalmente se acha demais , mas está visivelmente acima do peso.Nem a maratona de troca de roupas, as mais estranhas possíveis, a faz queimar algumas calorias. E as dançarinas? Parecem estar com fome, ou tristes...Os dançarinos são até melhores, mais alegres,mais jeitosos, literalmente! E as "donzelas" da cidade tentando garantir o futuro puxando conversa com os policiais da região? Impressionante como certos conceitos nunca mudam. Sabemos quem é a tal que ja foi amante de homem casado, o homem casado que paquera as menininhas e as menininhas que tentam fugir da  fama da cidade e paqueram homens, lógico, de outras cidades...Carro vira motel, árvore vira banheiro e todo mundo é de todo mundo.

A cerveja pode até ser quente e o sanduíche absolutamente suspeito, mas ainda me encanto com as festas do interior...O que mais me encanta são as brigas do carnaval.Quem está namorando parece ficar com os nervos à flor da pele e qualquer olhada ou um "oi" mais sorridente já vira briga de foice. Ou de garrafa...Acho que pessoas com excesso de ciúmes tam vários problemas , entre eles insegurança e baixa estima. Mas existe um ainda pior: a falta total de bom senso! Por que insistimos em ficar com uma pessoa que sempre nos infla de raiva e de ciúmes? Por que gostamos de viver perigosa e sofridamente? Não sou a favor da ausência total de ciúmes, mas aprendi a controlar o meu e sinceramente, ter alguém que não o incita é 90% do caminho andado. Tem gente que adora alimentar  um joguinho, provar situações que nada tem para acresentar e acabam perdendo uma ótima oportunidade de curtir a noite e  até mesmo uma banda chamada Azaração ( nunca vou lembrar o nome verdadeiro!).

Enquanto isso, paralelo a toda a loucura e desconfiança, dançamos, bebemos, beijamos e brincamos um carnaval de alma leve e descontraída. Quando eu queria descansar eu descansava, quando ele queira sair ele saía, quando não queriamos nada adorávamos fazer nada juntos. E os dias passaram mansos e quentes, suaves como uma brisa que às vezes, muito às vezes soprava em nossa direção.Curtimos um gatinho com a pata machucada, boas conversas com os anfitriôes, desfile da Mangueira em quase toda a sua plenitude, comemos ovos frescos das galinhas da fazenda, vi o filme Divã  - que aconselho a todas as mulheres -enquanto ele disputava lugar com os mosquitos da represa...bebemos, rimos e namoramos.Nem o calor, nem o cansaço da viagem, nada tirou o nosso humor. Fui grata por cada momento naquele lugar e por estar com alguém que torna tudo mais divertido! Acho que nunca fui tão feliz...E que venham outros carnavais!

Um comentário:

  1. Pelo amor de Deus, me diga onde fica essa fazenda, essa cidade, para que eu possa ir passar meu próximo carnaval (que não necessariamente precisa ser na época oficial do carnaval! Há vários "carnavais" ao longo do ano!) nesse mesmo lugar! É tudo que preciso!! Amei!!!

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